A vitamina K2, também conhecida como menaquinona, é uma forma de vitamina K que tem ganhado atenção crescente devido ao seu papel potencial na saúde óssea, cardiovascular e metabólica. Aqui está um resumo com base em estudos científicos:
Saúde óssea: A vitamina K2 desempenha um papel crucial na regulação do metabolismo ósseo. Estudos mostraram que a vitamina K2 pode ajudar a melhorar a densidade mineral óssea e reduzir o risco de fraturas ósseas, especialmente em populações de risco, como mulheres pós-menopáusicas e idosos. Fonte: Knapen et al., 2013
Uma deficiência de vitamina K2 pode levar a uma diminuição da densidade mineral óssea e aumentar o risco de osteoporose e fraturas ósseas. Fonte: Cockayne et al., 2006
Saúde cardiovascular: A vitamina K2 também demonstrou ter efeitos benéficos na saúde cardiovascular, principalmente através da regulação do metabolismo do cálcio. Ela pode ajudar a prevenir a calcificação das artérias, o que está associado a um menor risco de doenças cardiovasculares, como aterosclerose e doença arterial coronariana.
Metabolismo da glicose e resistência à insulina: Alguns estudos sugeriram que a vitamina K2 pode desempenhar um papel na melhoria do metabolismo da glicose e na redução da resistência à insulina. Isso pode ter implicações no controle do diabetes e na prevenção de complicações relacionadas, como doenças cardiovasculares e neuropatia diabética. Fonte: Yoshida et al., 2014
Saúde dental: A vitamina K2 também pode desempenhar um papel na saúde dental, ajudando a prevenir a cárie dentária e promovendo a saúde das gengivas. Alguns estudos sugeriram uma relação entre a deficiência de vitamina K2 e a ocorrência de cáries dentárias em crianças. Fonte: Villa et al., 2013
Câncer: Embora a pesquisa ainda esteja em estágios iniciais, alguns estudos sugeriram que a vitamina K2 pode ter propriedades anticancerígenas. Ela foi associada a um menor risco de certos tipos de câncer, incluindo câncer de próstata, câncer de mama e câncer de pulmão. No entanto, mais pesquisas são necessárias para entender completamente essa relação. Fonte: Nimptsch et al., 2010
É importante notar que muitos estudos sobre a vitamina K2 são observacionais ou em modelos animais, e mais pesquisas, especialmente ensaios clínicos randomizados controlados, são necessárias para confirmar esses efeitos e determinar as doses ótimas para diversos benefícios à saúde. Além disso, a vitamina K2 é encontrada em alimentos como natto (um alimento tradicional japonês feito de soja fermentada) , queijo, gema de ovo e fígado, mas a suplementação pode ser necessária para atingir níveis terapêuticos em alguns casos. Antes de iniciar qualquer suplementação, é recomendável consultar um profissional de saúde.
Embora não se conheça com exatidão a necessidade diária da vitamina K, estima-se que esteja em torno de 0,5 a 1,0 micrograma por quilograma por dia. A vitamina é depositada no fígado e é eliminada em sua maior parte pela bile. O recém-nascido tem poucas reservas, que constam principalmente de vitamina K1. A habilidade da flora bacteriana em produzir a vitamina varia de acordo com o tipo de colonização do colo. Assim, as cepas de Bacteroides fragilis, de Escherichia coli e de Streptococcus faecalis produzem adequadamente a vitamina K2, enquanto os lactobacilos e as pseudomonas são incapazes de sintetizá-la. O leite humano contém baixas concentrações de vitamina K, principalmente se comparado ao leite de vaca e fórmulas artificiais. Algumas drogas (anticonvulsivantes, anticoagulantes, cefalosporinas de terceira geração, tuberculostáticos) podem interferir no metabolismo hepático da vitamina K, favorecendo ou precipitando um estado de carência vitamínica.
Referências:
Pesquisas na internet e
Paixão JA, Stamford TLM: Vitaminas lipossolúveis em alimentos – uma abordagem analítica. Quim Nova 27: 96-105, 2004 Bentley R, Meganathan R: Biosynthesis of vitamin K (menaquinone) in bacteria. Am Soc Micr 46: 241-80, 1982.