Os efeitos da cafeína dentro do nosso organismo já são hoje melhor compreendidos pela ciência. Os benefícios ou prejuízos vão depender de um detalhe:a dose. Dependo da quantidade pode ser um santo remédio, ou então um veneno.
A cafeína é um composto químico classificada como alcaloide; é uma substância principalmente extraída das plantas e pertence ao grupo das xantinas.
A cafeína pode ser classificada como sendo uma substância lipossolúvel, que tem como característica ser de rápida absorção pelo trato gastrointestinal, com 100% de biodisponibilidade para o organismo.
Benefícios da Cafeína
- Melhora o cansaço físico
- Melhora concentração e estado de alerta
- Diminui a fadiga mental
- Pode funcionar como um leve antidepressivo
- Melhora o desempenho nas atividades físicas
- Possui efeito termogênico, ou seja, acelera o metabolismo (transforma a gordura em fonte de energia)
- Melhora o humor
- Atua no controle do peso
- Pode ajudar no tratamento de diabetes
Como a cafeína age no corpo?
Após ser absorvida e metabolizada no fígado, a substância percorre todo o corpo e atua sobre todos os sistemas do organismo por um período de tempo que varia entre 4 e 6 horas. Ligando-se às células nervosas, ela age sobre o sistema nervoso central, estimulando a concentração, melhorando o humor e diminuindo a sensação de fadiga após a atividade física e mental.
Ao estimular o sistema nervoso, faz algumas funções do organismo, como o metabolismo basal, por exemplo, ficarem aceleradas. Essa aceleração aumenta a produção de suco gástrico e facilita a digestão. Também faz as glândulas suprarrenais produzirem mais adrenalina que, quando despejada na corrente sanguínea, deixa o corpo todo em estado de alerta.
Com essa ação sobre o sistema nervoso central, a cafeína inibe e bloqueia os efeitos da adenosina. Desta maneira, a força dos músculos esqueléticos é acentuada, há melhora do estado de alerta e diminuição da sensação de fadiga. É uma substância de alto potencial ergogênico, que aumenta consideravelmente o potencial para a prática esportiva ou física.
Com a cafeína, aumenta também a concentração de beta-endorfinas. Com isso, pode diminuir a sensação de dor. Isso faz com que exercícios mais intensos e extenuantes possam ser feitos por mais tempo.
Quanto consumir de cafeína por dia?
A sugestão de estudos é que não devemos ingerir mais de 300 mg por dia (alguns estudos sugerem no máximo 200 mg/dia). Por exemplo: de 2 a 3 xícaras de café, ou 5 a 6 latas de refrigerantes cafeinados.
Em excesso, a cafeína pode causar agitação, irritabilidade, ansiedade, dor de cabeça, insônia e problemas gastrointestinais. Também causa a contração das veias e artérias o que dificulta a circulação sanguínea e acelera os batimentos cardíacos.
Existem casos de intoxicação, que pode causar: vômito, diarreia, letargia – diminuição da atividade das funções intelectuais, acompanhada de uma sensação de desorientação. Nos casos mais extremos, a agência adverte que a overdose pode provocar a morte.
Onde encontramos a cafeína?
A cafeína é encontrada em certas plantas e utilizada para o consumo em bebidas, na forma de infusão e como estimulante. É extremamente solúvel em água quente, não tem cheiro e apresenta sabor amargo. Encontramos a cafeína no café, chá preto, chá mate, chá verde, bebidas a base de cola, guaraná, cacau e chocolate.
Suplementação de Cafeína
Quando o assunto é suplemento alimentar, o uso da cafeína foi liberada pela Anvisa em 2010. Como curiosidade, ela era proibida pelos comitês de anti-dopping no mundo todo, mas isto foi revisto e hoje ela possui dosagens permitidas para praticamente todos os esportes. Ou seja: quem pratica esportes profissionalmente pode beber café, porém em pouca quantidade.
A cafeína é um dos principais componentes dos termogênicos, que prometem dar mais pique na hora de treinar além de acelerar o emagrecimento. Também é vendida de forma concentrada em cápsulas. A suplementação só é indicada em casos específicos, é preciso consultar um médico para avaliar seu caso.
Quem deve evitar o uso da cafeína?
Pessoas que tem sensibilidade a dor de cabeça, que são estressadas e irritadas, que tem gastrite, arritmias cardíacas, hipertensão arterial e problemas com insônia, devem evitar o uso da substância. Também é restrita a idosos, crianças, gestantes e mães que estão amamentando.
Cafeína e Analgésicos
Você já se perguntou por que os medicamentos analgésicos colocam cafeína na composição? A substância é classificada como uma xantina natural, e age inibindo a ação de uma enzima chamada fosfodiesterase, envolvida no processo doloroso. Assim, é necessário um estímulo maior para que a pessoa sinta dor.
Os efeitos analgésicos da cafeína são ainda mais intensos quando se trata de dor de cabeça. Isso porque, além da ação sobre a fosfodiesterase, a substância tem também um efeito vasoconstritor. E, no geral, as cefaleias estão associadas à dilatação dos vasos que ficam ao redor do cérebro. A substância ajuda a tratar a cefaleia associada à tensão, com resultados ainda melhores se for tomada com ibuprofeno. Para que seus efeitos sejam potencializados, é melhor adicioná-la à fórmula do medicamento, em vez de consumí-la como bebida.
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